O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) confirmou indícios de violência sexual no corpo da bailarina Maria Glória, conforme informou o delegado Zoroastro Neri do Prado nesta segunda-feira (3). A jovem foi morta em Mandaguari, na região norte do Paraná.
O corpo de Maria Glória foi encontrado perto de uma cachoeira em Mandaguari, no dia 26 de janeiro. Ela tinha 25 anos e também era estudante universitária e professora de capoeira, além de bailarina.
De acordo com o delegado, o laudo apontou várias lesões no corpo da bailarina – não apenas no pescoço, por causa do estrangulamento, mas em outras partes. O documento foi incluído no inquérito policial e é sigiloso."O laudo confirma que a morte foi por asfixia mecânica e também tem indícios de violência sexual", afirmou o delegado.
A Polícia Civil acredita que, devido às lesões e ao fato de Maria Glória saber se defender, mais de uma pessoa possa ter cometido o crime."Não temos como afirmar, mas muito provavelmente deve ter sido mais de uma pessoa, tendo em vista que a vítima tinha conhecimento de luta, de capoeira. Ela se defendia bem", disse o delegado.
Outro exame está sendo feito. De acordo com o delegado, o IML enviou ao laboratório material encontrado no órgão sexual de Maria Glória. Ainda não tem previsão de quando esse laudo vai ficar pronto.
O delegado relatou que imagens do "provável trajeto" foram recolhidas. Além disso, a Polícia Civil continua ouvindo pessoas."Estamos conseguindo mais provas que possam levar à elucidação total desse crime", afirmou o delegado.
Protesto
No sábado (1º), protestos em homenagem à Maria Glória e contra o feminicídio ocorreram em Maringá, também na região norte, e em Curitiba.
Conforme já havia sido apurado, a bailarina foi estrangulada e tentou se defender antes de ser morta. O corpo foi encontrado cerca de dez horas depois do homicídio.
Família acredita que bailarina lutou antes de ser morta: 'Era professora de capoeira e de balé, era uma mulher forte', diz primo A irmã de Maria Glória foi quem encontrou o corpo em uma trilha. A família contou que bailarina ia até essa cachoeira com frequência e, que no dia 25 de janeiro, decidiu acampar em uma chácara para rezar e se conectar com a natureza.
Fonte: Portal G1
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